28 agosto, 2008

Telefonemas




Quinta-feira, 22h04min – De Débora para Bruno
(chama oito vezes e cai na caixa postal sem ninguém atender)
Isso se repete por mais 12 vezes durante a madrugada de sexta-feira.

Sexta-feira, 07h32min – De Débora para Lauro
(chama uma vez)
- Alô...
- Laurinho? (se ela soubesse o estrago que fazia falando miado as palavras no diminutivo)
- Oi Débora. O que houve?
- Ai Laurinho, desculpe te incomodar...mas...
- Não está incomodando...só estou no ônibus, indo para o trabalho...fale...
- Ai Laurinho...é o Bruno...ele sumiu desde ontem...você sabe dele?
- Não. Eu não sei. Você ligou pra ele?
- Liguei...mas ninguém atende...
- Hum... Vou ver se consigo alguma notícia dele e te comunico, ta? Fica tranqüila.
- Ai Laurinho...obrigada...
- Capaz...
(Desliga e balança a cabeça negativamente)

Sexta-feira, 07h39min – De Lauro para Bruno
(chama quatro vezes)
- Alô...
- Bruno? Onde você anda rapaz?? A Débora está desesperada, atrás de você!
- Lauro, meu querido, tu não vai acreditar...
- O que houve?
- Arranjei uma mina de ouro! Uma coroa, cheia da grana! E quer me bancar! Advinha onde estou??
- Onde???
- Em Belo Horizonte! Hotel cinco estrelas, tudo do bom e do melhor!! Tô nas nuvens!
- Mas e a Débora? O que digo pra ela?
- Não diz nada! Deixa-a pensar que sumi, afinal, não pretendo voltar mesmo!! Nem atendi os telefonemas dela...
- Tem certeza, Bruno?
-Tenho sim! Achei minha mina de ouro e não vou perdê-la!
- Você quem sabe... Abraços!
- Abraços Laurão!!
(Desliga e nota que a hora de descer se aproxima)

Sexta-feira, 09h22min – De Lauro para Débora
(Quase não chega a chamar direito uma vez)
- Alô! Alô Laurinho! Alguma notícia?
- Não...nada...Só chama o celular dele...(se odiou por ter mentido)
- Aiiiiiiii!! Onde ele se meteu???
-Não sei Debi...não sei...
- Tá...obrigada, mesmo assim, Laurinho...você é um amor!
- De nada...
(Desliga sem ele terminar a frase)

Sexta-feira, 23h23min – De Débora para Bruno
(chama oito vezes e cai na caixa postal sem ninguém atender)
Isso se repete por mais 18 vezes durante a madrugada de sábado. Onze antes e sete depois das ligações abaixo.

Sábado, 04h18min – De Débora para Lauro
(chama seis vezes)
- Alô....(bocejo)
- Laurinho...(choro) desculpe te acordar...(choro) é que...(desaba no choro)
(Desliga sem o deixar falar qualquer coisa)

Sábado, 04h21min – De Lauro para Débora
(chama uma vez)
- (choro)
- Não fica assim Debi...se ele sumiu desse jeito deve ter sido por um motivo muito forte...e quando voltar vai explicar tudinho...
- Você acha? (funga)
- Acho sim... (se odiou por ter mentido outra vez)
- Ta bom, Laurinho...você é um amor... e obrigada mais uma vez...ahhh...desculpa tá?
- Tudo bem, Debi...fica bem..
- (funga)
(Desliga)

Sábado, 13h31min – De Lauro para Débora
(chama três vezes)
- Oi Laurinho!! Desculpa demorar em atender, é que eu estava no banho!!
- Tudo bem! Só queria saber se você está melhor...
- Estou sim...a vida continua...
- Isso é...então ta! Cuide-se viu?
- Pode deixar!
- Beijos!
- Beijos!
(Desligam e suspiram)

Sábado, 16h52min – De Débora para Lauro
(chama duas vezes)
- Oi Debi...tudo bem?
- Tudo sim...
- Que bom! Alguma novidade?
- Não! Na verdade...
- Fale...
- Na verdade, eu... é que...você tem sido tão bom comigo...tão paciencioso...
- Ahh que isso...você faria o mesmo por mim...
- Com certeza...mas em agradecimento, gostaria que você viesse jantar hoje a noite aqui em casa...
- Eu?? Jantar?? Aí?? Na sua casa??
- Sim! Você! Aceita o convite ou não?
- Aceito sim! Claro! Adoraria! Que horas?
- Às 20hs está bom?
- Perfeito!
- Ótimo! Então...até lá!
- Até...e muito obrigado pelo convite...
- Imagina...
- Beijos...
- Beijos...
(Desligam. Um vibra. A outra suspira mais ainda.)

Domingo, 04h02min – De Bruno para Débora
(chama oito vezes e cai na caixa postal sem ninguém atender)
Isso se repete por mais seis vezes durante a madrugada.

Domingo, 04h22min – De Bruno para Lauro
(chama cinco vezes)
- Alô...(bocejo)
- Laurão? É o Bruno!! Cara, tu não sabe o que me aconteceu...
- Não sei mesmo...estava dormindo...
- Sabe aquela coroa? A cheia da grana?
- Sei...(bocejo)
- Pois é! Ela me trocou por um cara bombado, todo metido a fortinho que ela conheceu aqui no hotel!!
- É mesmo?? (bocejo)
- É sim! E me deixou só o dinheiro da passagem de volta...
- Putz...
- É cara! Tu tava certo! Eu não devia ter deixado a minha Debinha...alías ela não atendeu minhas ligações...sabe dela???
- Não...(não se odiou por ter mentido)
- Tudo bem...não te preocupa que já tô voltando...pego o primeiro vôo!
- Hum...que horas vai chegar aqui, mais ou menos?
- Lá pelas 7:30hs...por que???
- Nada não...
- Falou Laurão!! Obrigado por tudo viu??? Vou para o aeroporto!
- De nada...(bocejo)
(Desliga, arruma o despertador no próprio celular para às 7:00hs, vira-se, encaixa numa conchinha perfeita em Débora e pensa: Trinta minutos é mais do que suficiente para me acordar, me arrumar e sair).

26 agosto, 2008

Lágrimas, chopp e infidelidade


-Todo homem é safado? – perguntou Silvinha, debulhando-se em lágrimas.
-Sim... – respondi. E vendo que com a minha afirmação o choro aumentava, complementei - Salvo raras exceções.
-E o Otávio? É uma dessas exceções? – perguntou ela. Tinha uma esperança na pergunta, que tratei logo de aniquilar com a resposta.
-Não, Silvinha. Senão ele não tinha feito o que fez. Agora o choro era incontrolável.
Enquanto ela ficava com lágrimas nos olhos eu ficava com os olhos nas pernas dela e pensava: como alguém poderia trair uma mulher como Silvinha? Era um mulherão. Um mulherão mesmo!! Daquelas que todos os seus atributos têm o sufixo “uda”. E o Otávio tinha feito isso. Traíra e, pior, deixara ser pego em flagrante...não podia nem negar. Que salafrário aquele Otávio. Como? Como? Aliás, que cara notável era, pois se ele não cometesse esse erro fatal, eu não estaria ali, consolando a Silvinha, aquela coisinha rara. Santo Otávio!
No fundo eu sabia que a minha amizade com o casal um dia ia me render frutos.
Fiquei abismado quando Silvinha me ligara, no meio da tarde, aos prantos já, dizendo que precisava conversar. A princípio, nem imaginava do que se tratava, porém depois que ela contou que o Otávio a traíra, não prestei mais atenção no que ela dizia, só conseguia imaginar Silvinha de lingerie, por cima, por baixo...minha nossa!!.
-Por quê?-Hãn?? –fui surpreendido pelo seu “por quê”. Estava hipnotizado pelas suas pernas.
-Por que os homens são assim?
-Sei lá, Silvinha...digamos que seja...característica do produto.
-Característica do produto?
-É...
-Como assim?
-Os homens nascem com isso...por mais que estejam felizes, plenamente satisfeitos em todos os sentidos na sua vida conjugal, a grama do vizinho é sempre mais verde...
Novamente o choro.
Não tinha culpa. Estava sendo verdadeiro. E fazendo-a odiar o Otávio. Era único jeito de conseguir derrapar naquela sinuosidade toda de Silvinha, fazendo-a ter ojeriza do namorado.
Minha idéia era consolá-la até passar da fase da tristeza para a fase da raiva e para isso a convidei para um Chopp. Nada melhor que os encantos etílicos para fazer o ódio aflorar, fazê-la querer se entregar para o melhor amigo dele...no caso, eu.
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela ia dizer a célebre frase: “Vou dar o troco na mesma moeda!!”
E essa hora estava chegando. Eu sentia. Nunca me enganei com as mulheres.
Silvinha falava...e falava muito! Mas eu não conseguia prestar atenção em suas palavras. Eu via que de sua boca saiam palavras, de seus olhos lágrimas, mas quem consegue se concentrar em uma conversa com aquele decote ali, tão...tão...decotado!
Eu fingia. Fingia desapontamento. Fazia cara de triste.-Bla bla bla ...Marcinha...bla bla bla
-O quê??? – eu a ouvi dizer “Marcinha”? Ouvi sim...
-Você faria isso com a Marcinha eu perguntei? – repetiu a tentação, digo, Silvinha.
-Com a Marcinha? – respondi com outra pergunta para ganhar tempo, pois dependendo da resposta que desse, meu plano ia por água abaixo.
Se dissesse “Sim”, ela ia me achar tão crápula e desprezível quanto seu namorado.
Se dissesse “Não”, ela não ia pular no meu colo na hora da vingança...na hora do troco.
-Deixa a Marcinha de fora...
-Deixo nada, ela é sua namorada. Faria ou não faria?? – arregalou aqueles olhos verdes oliva...que olhos!!
-Veja bem, Silvinha...- quando começamos uma resposta com “veja bem” vamos mentir descaradamente. Aprendi com os políticos.
-Hum...-Quando a gente ama...- continuei vacilante, olhando para o copo dela, ainda cheio.
-Fala homem!!! – esbravejou ela, sorvendo o líquido de uma vez só, sem tirar o copo da boca.
-Eu não amo a Marcinha!!
-O quê??
-Não amo...
-Então faria??
-Se eu achasse alguém que amasse...
-E já achou??
-Já.
É agora...eu sentia que era agora...ela ia ficar abismada e eu me declararia. Oportunista.
-Então, quer dizer que...
-Sim, Silvinha! É isso mesmo que está pensando...
Debulhou-se em lágrimas.
-Então é isso?? – perguntou ela, entre uma soluçada e outra.
-O que pensou Silvinha?? – perguntei, não crendo que tinha deixado escapar a chance.
-Tu disseste que o Otávio ama aquela...aquela...lambisgóia!!
Além de ter que escutar um impropério tão obsoleto como “lambisgóia” ainda tive que agüentar mais uma crise de choro da Silvinha. E essa fora longa.
Não perdi as esperanças. Consegui mudar o rumo da conversa e até a fazer dar umas risadas. Foi um avanço e tanto.
Três chopps.
Quatro.
Seis.
No oitavo chopp, Silvinha levantou, de súbito. Mesmo sendo alta, pois era mais de 1,80 de puro estrogênio, conseguiu ser rápida ao levantar. Pegou-me pelo colarinho e me trouxe para bem perto dela, olhando bem no fundo dos meus olhos e ofegante começou a falar:
- Sabe o que eu vou fazer agora??
-Não...-respondi trêmulo. Era agora...
-Pois eu vou te dizer o que vou fazer...
-Diga...- resmunguei, pois já não dominava mais as pernas, ela ia dizer “a frase”.
-Eu...
Aquela agonia tinha que ter um fim...parecia um sonho...Obrigado Deus!! Obrigado Otávio!! Aquelas curvas...ahh aquelas curvas...iam ser minhas!!
-Eu...- repetiu ela, ainda ofegante e me prendendo pela gola da camisa com ambas as mãos.
-Eu...vou passar no primeiro supermercado que encontrar aberto, comprar uma caixa de bombons, aliás, duas caixas, passar na locadora, locar três filmes bem tristes de amor e chorar bastante, em casa por causa daquele desgraçado.
Aquela resposta fez-me sentar novamente. Fiquei olhando para o nada, enquanto ela se despedia com um beijinho no rosto e agradecendo por ter sido um ótimo “amigo”.
Ela já estava de costas, há alguns passos de distância, quando resmunguei que “amigo de mulher é cabeleireiro”.
Não escutou.

Direto do túnel do tempo

Os bem mais novos que me perdoem, mas o Super Mario Bros é inesquecível.

Matemos a saudade dos tempos bons:

24 agosto, 2008

Que país é este?


Um infeliz comparativo das olimpíadas de Pequim 2008:

País: Jamaica
População: 2,7 milhões de habitantes
PIB: 11,6 bilhões
Renda per capta: 3 658
Colocação nos jogos: 13º lugar

País: Quênia
População: 31,1 milhões de habitantes
PIB: 11,6 bilhões
Renda per capta: 350
Colocação nos jogos: 15º lugar

País: Etiópia
População: 67,6 milhões de habitantes
PIB: 6,5 bilhões
Renda per capta: 100
Colocação nos jogos: 18º lugar

País: Brasil
População: 187,6 milhões de habitantes
PIB: 1,8 trilhões
Renda per capta: 11 873
Colocação nos jogos: 23º lugar


Quando o Brasil vai se comportar como um país de acordo com suas proporções e fazer jus ao potencial que tem?

22 agosto, 2008

O procurado (Wanted)

Hoje, enquanto fazia um tempo esperando o horário de ser atendido em um banco, fui ao cinema e tive a grata surpresa de assistir ao filme "O Procurado" (é, deu pra assistir um filme enquanto aguardava o horário da minha ficha nº 421). Admito que fui surpreendido com o longa, pois apesar de não ter uma divulgação esperada, não ser de um diretor considerado (o Cazaquistanês Timor Bekmambetov) e possuir um protagonista "desconhecido" (o escocês James McAvoy), apresenta uma trama interessante além de muitos efeitos visuais e cenas mirabolantes. Como uma miscelânea de Matrix, Kill Bill e Triplo X, há muitas cenas de perseguição de carros, lutas exageradas e muitas inovações de quebras das leis da Física, tais como projéteis que fazem curvas e poderes além da compreensão.
O longa ainda conta com os renomados Angelina Jolie, Morgan Freeman e Terence Stamp, longe de exibirem uma ótima atuação, porém com grande participação.

Veja o trailler:

21 agosto, 2008

O assassinato da Língüa Portuguesa


Assassinaram a Língua Portuguesa. Pelo menos era isso que se desconfiava quando a polícia fora chamada por uma de suas amigas íntimas, a Literatura, assim que esta encontrou o corpo estirado no chão de sua própria casa.
Chegando ao local do crime, foram direto examinar o defunto que estava em péssimo estado, mesmo tendo morrido há tão pouco tempo. Resolveram iniciar as investigações imediatamente, com interrogatórios, começando com a própria Sra. Literatura. Ela, metodicamente, insinuou que existiam muitos suspeitos e por solicitação do detetive encarregado do caso, indicou alguns nomes.
A primeira a falar foi a Hipérbole. Chegou gesticulando muito e quase aos berros, foi sala adentro, dizendo ter um álibi, o Sr. Eufemismo que por sua vez confirmou a história da interrogada anterior, não sem antes colocar panos quentes na situação, amenizando a situação com termos mais agradáveis. A Metáfora foi a seguinte. Passou o depoimento inteiro comparando e colocando as coisas no sentido figurado em relação à Língua Portuguesa. A antítese, próxima da lista, quase enlouqueceu o detetive, contradizendo-se a cada instante.Trágico foi o depoimento da onomatopéia, fez todos os sons possíveis desde o acordar da vítima até seu último suspiro, afirmou ela que isso não passava de imaginação e que não sabia o que havia acontecido. A Apóstrofe, sempre polêmica, ficou o tempo todo invocando todos os tipos de entidades possíveis para garantir-lhe a inocência. Seguiu-se com o relato da Catacrese, que até tentava, mas não conseguia expor com exatidão suas idéias e lembranças do que ocorrera, substituindo sempre por expressões não muito apropriadas. Isso confundiu ainda mais o detetive que pediu um tempo para raciocinar. Após a pausa foi a vez do Disfemismo. O detetive arrependeu-se de escutar todos aqueles palavreados chulos e sarcásticos expelidos por ele e que não ajudaram em nada. A Ironia, não queria saber de colaborar, não porque não queria, mas sim porque fazia parte de sua natureza.E mais suspeitos foram ouvidos, entre eles a Metonímia, o Paradoxo, a Perífrase, o Sarcasmo, a Elípse e o Pleonasmo, cada qual com sua personalidade e seu relato.
O detetive, mesmo após ter ouvido tantos suspeitos, não via um motivo sequer para que algum deles viesse a cometer tal crime.Lia, relia e lembrava de cada um e não achava um assassino em potencial, até porque todos conviviam harmoniosamente com a vítima. Não satisfeito mandou chamar novamente a Literatura. A nobre senhora, já de idade avançada, porém ainda viva, relatou tudo novamente, como havia encontrado o corpo, o que houvera acontecido no dia anterior. Quanto mais ela falava mais o detetive ficava convencido que não havia um assassino. Horas depois, o detetive pediu para que todos estivessem reunidos na casa da Literatura para que ele desse o motivo pelo qual morreu a Língua Portuguesa.
E lá estavam todos, suspeitos e não suspeitos quando foi iniciado o relato da autoridade:
- A Língua Portuguesa não foi assassinada por nenhum de vocês, não diretamente! – Iniciou o detetive, seguido de várias interjeições de surpresa. -Sim, a Língüa Portuguesa morreu de solidão. Abandono por assim dizer. - continuou ele em monólogo, seguido de mais espanto.-A Língua Portuguesa estava acostumada a ser visitada por todos vocês aqui presente, desde as figuras de linguagem até as concordâncias. E com o passar tempo, passaram a freqüentá-la cada vez menos, até o abandono total. E digo mais, se isto continuar, vai acontecer o mesmo com a Literatura. – falou, olhando tenramente para a doce anfitriã.Depois que refletiram bastante sobre o acontecido, saíram da casa da velha Literatura com a promessa de voltarem sempre e dedicarem-se a recuperar a Língua portuguesa, pois uma língua não desaparece por completo, por mais que a assassinem.


* * * * * * *

Este texto foi escrito em protesto à nova reforma na língüa portuguesa.
Infelizmente, o nosso português está perdendo a identidade.

20 agosto, 2008

Andando em círculos

A campanha dos candidatos às eleições 2008 já vinha figurando há alguns meses, porém a propaganda eleitoral gratuita iniciou-se somente na última terça-feira, 19/08, deixando os veículos de comunicação audiovisual desprezíveis, sobretudo a televisão, que com sua programação precária e voltada quase que totalmente a alienação popular, tem agragado a isso as figuras mais hipócritas possíveis, nas quais somos obrigados a exercer o sufrágio.
De vez em quando, em situações caóticas, somos surpreendidos por um súbito lampejo de lucidez e criatividade e um exemplo disto é a campanha "Vota Brasil" que apresenta vários comerciais, em média de um minuto cada, com a proposta de alertar o brasileiro da gravidade de um voto errado ou displiscente. Os vídeos são muito elucidativos, embora utilizem metáforas e hipérboles nas analogias quando ressaltam o quanto passar quatro anos com uma situação incomoda pode ser extremamente desagradável.

Vejam abaixo o mais criativo deles:

O início


Ao contrário do que se pensa, a vida de blogueiro não é nada fácil.
Primeiramente, há que se disponibilizar um certo tempo ao blog, tempo este que é deveras prazeiroso, porém até chegar a este ponto, o responsável pelo site passa por inúmeras "dificuldades", sobretudo na hora da criação do blog. Começa com a preocupação da escolha do nome, o qual deve ser criativo e não fugir da proposta principal dos assuntos abordados no decorrer da vida do site. Vida esta que não será muito longa se o layout escolhido não for agradável e chamativo, se os assuntos não forem, no mínimo, interessantes.
Findados os passos iniciais, vem a hora do texto de inauguração, o qual deve ser uma apresentação, formal ou não, como um cartão de visitas.
Portanto, esperamos que este que se inicia seja do agrado de todos.


Vida longa ao Teorias Mirabolantes!!!